8 de maio de 2011

E se Paul McCartney tivesse morrido?

Muitos dizem que ele morreu.

Evidências foram deixadas e você o que acha, em quem acredita?
Eis que a galera da Superinteressante pesquisou, imaginou e supôs muitas das possibilidades...

A data da tragédia: 9 de novembro de 1966. Paul teria morrido num acidente de carro, mas, como os Beatles eram uma máquina de dinheiro, seu empresário teria arrumado um sósia para substituí-lo.

Os boatos começaram 3 anos depois da suposta morte.

Em outubro de 1969, o radialista Russ Gibb começou a espalhar que havia referências à morte de Paul nas gravações da banda.

O jornalista Fred LaBour colocou lenha na fogueira ao resenhar o Abbey Road: os 4 Beatles atravessariam uma faixa de pedestres na saída de um enterro.

John Lennon está de branco, como um pastor. Ringo Starr seria o coveiro. E Paul está sem sapatos. Ahá! Em certas culturas, o morto é enterrado descalço.

A capa de Sgt. Pepper’s, lançado em 1967, também teria pistas: na parte inferior, parece haver uma tumba adornada com flores que formam um contrabaixo - Paul é baixista.

Nem as letras escaparam.

 Em A Day in the Life, Lennon canta algo como "Ele estourou a cabeça num carro".

E se ele tivesse realmente morrido? A história da banda viraria de ponta-cabeça.

Sem o conflito de egos entre os "donos da banda", Lennon não teria saído; o som dos Beatles seria menos experimental, mas instrumentalmente mais sofisticado, e Sgt. Pepper’s, eleito pela revista Rolling Stone o disco mais influente da história, não existiria, deixando órfãs as bandas que se inspiraram nele.

Mas o menor sucesso teria também poupado a vida de Lennon. Já George Harrison teria morrido de qualquer jeito em 2001, de câncer.

Outros hits
Sua loja de discos não seria a mesma

THE BEATLES NO BEIRA-RIO...
Em 1966, os Beatles decidiram encerrar suas turnês para se dedicar apenas à composição e aos estúdios. Mas não demorariam a mudar de ideia - sem hits que Paul criou a partir de 1967, como Let It Be, Hey Jude e Get Back, o sucesso da banda cairia, e, com menos discos vendidos, buscariam faturar com shows.

...E COM ERIC CLAPTON
O melhor guitarrista da Inglaterra seria o substituto natural de Paul. Eric era amigo de George e John, e gravou um clássico com a banda (While My Guitar Gently Weeps, do Álbum Branco).

Mais: John cogitou chamá-lo para a banda, numa época em que George ameaçava sair. Quem assumiria o baixo? Bom. Os Stones não têm baixista oficial: usam um freelancer.

ALL YOU NEED IS SURF
Brian Wilson, dos Beach Boys, era o grande concorrente de Paul.

Sua canção God Only Knows é a preferida do beatle. Mas a competição terminou quando Brian ouviu Sgt.

Pepper’s pela primeira vez.

O beach boy viu que não tinha como superar McCartney e não concluiu seu álbum Smile, superesperado na época. Sem Paul, o disco sairia, Brian viraria um deus, e teríamos o Oasis regravando Surfin’ in USA.

BEATLES UNPLUGGED
Há quem diga que a melhor coisa que aconteceu aos Beatles foi sua separação.

Não deu tempo de perder o gás criativo. Sem Paul, o grupo deveria continuar forte nos anos 70.

Mas só até aí, pois não estaria imune às breguices dos anos 80. A redenção só viria em 1992, quando um Acústico para a MTV reviveria as melhores baladas compostas por Lennon, Harrison e Clapton.

MUTANTES NA ATIVA
A maior referência artística dos Mutantes sempre foram os Beatles - inclusive na hora de se aproximarem do rock progressivo, em 1972.

Mas foi exatamente essa mudança musical que levou Rita Lee a sair do grupo. Esse passo foi o primeiro para o fim dos Mutantes.

Sem Paul, provavelmente não haveria essa guinada estilística, e os Mutantes permaneceriam juntos.

PARADO NO DARK SIDE
Sgt. Pepper’s e companhia abriram os ouvidos da indústria fonográfica para aquilo que viria a ser o rock progressivo nos anos 70 - Pink Floyd já existia nos 60, mas, sem Paul promovendo a música experimental, não teria virado o que virou. O que entraria no lugar do progressivo?

Talvez a música eletrônica, que de fato começou em 1970, com o Kraftwerk.
           



   por Alexandre Carvalho dos Santos - Revista Superinteressante

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