24 de abril de 2011

Fanzines: A arte feita por diferentes mãos e cabeças em colaboração

Para fazer uma fanzine você precisa de cola, tesoura, papel, conteúdo e muita criatividade. É um processo experimental da escolha do assunto ao formato.

Nela cabem HQs, poesias, experimentações gráficas, colagens, contos e crônicas- tudo aquilo que não tenha vínculo comercial, que se mantenha extra- oficial.

O objetivo principal é a satisfação do fanzineiro, o responsável pela a escolha do tema e formato, sem compromisso com ideologias comerciais.

São publicações independentes e de baixos custos. As tiragens são modestas e a distribuição é gratuita.
Não existe regras, a liberdade de expressão é total. Por isso a relação com a anarquia.

Tudo aquilo que não é comunicação tradicional, vendida em bancas e em grande escala, cabe em uma fanzine.E daí a fama de comunicação alternativa, sem manuais de redações e estilos.

O termo vem das palavras fanatic e magazine, quando bastava ser fã de alguma coisa- cinema, literatura, quadrinhos ou música, para então começar a publicar suas ideias.

Dessa forma, informações, gostos e estilos eram trocados, revelando novos talentos como músicos, jornalistas e ilustradores que buscavam espaço e público.

A origem é controversa. Não se sabe se vêm dos Estados Unidos, em clubes de ficção científica, nos anos 30 durante a grande depressão, ou se apareceram na Europa junto como o movimentos conta cultura, de 1968, sendo fortalecidos com o movimento punk na Inglaterra.

No Brasil, surgiu com temática de ficção, na década de 60 e até hoje, é o meio de veiculação de ideias usado por punks e anarquistas.

Com a crise econômica e com o surgimento da internet, o número de publicações impressa foi bastante reduzido. As fanzines passaram a migrar para a rede, são as e-zines.

Os conteúdos podem ser  constantemente renovados, mas perde-se muito do caráter visual e autoral, resultado de um trabalho feito, por diferentes mãos e cabeças em colaboração.Prevalecendo o ideal do “faça você mesmo”.

Gostou? Que tal então,  pegar agora papel, cola, tesoura, deixar fluir a criatividade e criar uma fanzine.

Fazer uma fanzine pode ser bastante divertido...
  • Texto editado, publicado originalmente na zine “Funzine” por Laís Martins.                                                                       
Fanzines: A Falecida, Naschtschatt, Biblioteca de Filmes, Funzine e Fora de Estoque


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Diga o que achou, deixe dicas, observações e o que mais que der na telha.